A cultura da soja cresce a cada ano. Na safra 2020/2021 foram produzidas 115 milhões de toneladas do grão. Esse montante posiciona o Brasil como segundo maior produtor da oleaginosa no mundo. Para a próxima safra, de 2021/2022, a projeção da produtividade chega a mais de 120 milhões de toneladas. Para termos alcançado todo esse potencial produtivo, além de cultivares de alta performance, tecnologias disruptivas, e um bom manejo realizado pelos agricultores, a cultura da soja sempre exigiu uma boa disponibilidade de água.

Foi pensando nisso que a pesquisa surgiu. Foram nove meses de dedicação exclusiva à pesquisa de como o armazenamento de água no solo interfere na produção de soja na região sul de Rondônia, mais especificamente em Vilhena. A pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA)/Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e meteorologista, Ranielly Figueiredo, leva o tema para o Amazonas como sua defesa no mestrado em Clima e Ambiente (PPG-CLIAMB-INPA/UEA).

Segundo explicou a pesquisadora, foram nove meses de desafios e resultados que ajudaram a nortear os caminhos futuros da produção de soja na região. O experimento foi realizado na safra de soja 2021/2022 no campo experimental da FARON, fazendo uso da estação meteorológica para monitorar a variabilidade dos estoques de água no solo. “O trabalho visa compreender como diferentes coberturas de solo vão contribuir para esse melhor armazenamento e como a planta responde a esse armazenamento”, destacou.

O orientador de Ranielly, o professor Dr. Marcelo Crestani, destacou ainda que a pesquisa se valeu de técnicas mais viáveis financeiramente, como o desenvolvimento de tecnologias usando microprocessadores e construindo lísimetros de lençol freáticoconstante. “Esse equipamento hoje no mercado pode chegar a 300 mil reais, em decorrência do porte, da precisão dos sensores empregados e das obras de alvenaria necessárias para sua plena aplicação. A pesquisadora com sua equipe conseguiu montar o mesmo instrumento de medida com um custo muito menor, de cerca de 1500 reais, o que torna não só a pesquisa como também o monitoramento por parte do produtor mais viável”. Esse é um equipamento utilizado para medição de quanto a cultura perde de água para a atmosfera em função de diversos fatores, tais como temperatura próximo ao solo, radiação solar e velocidade do vento imediatamente acima da cobertura vegetal. É esse monitoramento que fornece o subsídio para a realização dos manejos corretos do solo e da irrigação.

A pesquisa contou ainda com a colaboração dos alunos da graduação de Agronomia, Valmir Junior, Oséias Neemias e Carlos Eduardo Souza, do terceiro, sétimo e nono períodos respectivamente, e da professora da instituição, Me. Andressa Gregolin. A pesquisadora Anne Mendonça, doutoranda do INPA, Jeovane Jandre Angeli de Zorzi do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Fabrício da Costa Czarnobay – gerente da fazenda São Carlos e a equipe do Laboratório de Modelagem Climática (LMC) do INPA também contribuíram em diferentes processos e etapas da pesquisa. “Foram muitas as colaborações, por isso deixo registrado meu agradecimento a todos e destaco ainda a equipe de apoio da FARON, em nome do Sr. Paulo, nosso faz tudo sempre disposto a colaborar, agradeço à instituição”, finalizou.

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